A alimentação inadequada, uma das principais causas evitáveis das doenças crónicas não transmissíveis, como a obesidade, cancro, doenças cérebro-cardiovasculares e diabetes tipo 2, contribuiu para 7,3% dos anos de vida perdidos por incapacidade e para 11,4% da mortalidade em 2019.
Em 2030, o número de mortes devido à alimentação inadequada no nosso país deve ultrapassar as provocadas pelo tabaco, que gasta 10% da despesa total destinada à saúde no tratamento das doenças derivadas do excesso de peso. O excesso de peso e as doenças associadas podem vir a contribuir para uma diminuição da esperança média de vida em Portugal em cerca de 2,2 anos.
“A obesidade, enquanto doença crónica e simultaneamente fator de risco para o desenvolvimento de outras doenças, atinge 28,7% da população adulta portuguesa (cerca de dois milhões de pessoas), sendo que mais de metade da população apresenta excesso de peso (67,6%)”, sublinha ainda o documento da DGS.
O plano destaca também que a obesidade e outras doenças crónicas associadas à alimentação inadequada não atingem por igual todos os grupos da população, uma vez que dados disponíveis sugerem que a obesidade, diabetes e hipertensão arterial “afetam de forma desproporcionalmente as pessoas com maior vulnerabilidade socioeconómica”.
Por isso a promoção da alimentação saudável e prevenção e controlo de todas as formas de malnutrição, em particular do excesso de peso e da obesidade, mantém-se como uma das prioridades de saúde.
A versão final do documento, que considerou um conjunto alargado de contributos que foram submetidos no âmbito da consulta pública que foi realizada no final de 2022, pode ser consultado na íntegra aqui: https://nutrimento.pt/activeapp/wp-content/uploads/2023/03/DGS_PNPAS_202230_02_03_23.pdf
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