O Observatório Regional de Segurança Alimentar levou a cabo a primeira avaliação da insegurança alimentar em agregados familiares do Algarve, entre agosto e setembro de 2017, com o objetivo de caracterizar a insegurança alimentar(*) na região e a adesão ao padrão alimentar mediterrânico, identificando determinantes socioeconómicos e de estilo de vida associados.
Num universo de 384 inquiridos verificou-se que 29,4% dos participantes apresentava algum grau de insegurança alimentar e apenas 25% tinham uma boa adesão à Dieta Mediterrânica.
O desemprego no agregado familiar, a existência de hábitos tabágicos e a baixa adesão a um padrão alimentar mediterrânico parecem estar associados a maior insegurança alimentar.
Os resultados deste trabalho já serviram de base à definição da estratégia de intervenção do projeto “O Prato Certo”, permitindo dirigir as intervenções de forma a melhorar a sua efetividade e poderão servir de base a novos projetos de intervenção social que deem continuidade e aprofundamento a esta estratégia de literacia alimentar que une a região.
Todos os resultados deste estudo foram agora publicados num artigo da prestigiada Biomedical and Biopharmaceutical Research - Jornal de Investigação Biomédica e Biofarmacêutica e pode ser lido na íntegra em: https://www.alies.pt/BBR%20Editions/Vol-19-1-2022/bbr.19.1.282.pdf
(*) Pela positiva, Segurança Alimentar é “Uma situação que existe quando todas as pessoas, em qualquer momento, têm acesso físico, social e económico a alimentos suficientes, seguros e nutricionalmente adequados, que permitam satisfazer as suas necessidades nutricionais e as preferências alimentares para uma vida ativa e saudável”. (FAO, 2010)
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